terça-feira, 28 de abril de 2009

Possessão Continua

Faz o que tu queres há de ser o todo da Lei!!!


Ordo Templi Orientis Mundi

É comum que sempre nos deparemos nestes tempos, com comentários nascidos de tempos mais antigos, que abordam a total falta de bom senso a respeito de povos, culturas e religiões antigos.
O assunto que mais está em voga em momentos assim, cita a suposta eterna luta entre aquilo que é chamado de “...bem-luz-deus...”, contra aquilo que se determinou chamar de “...mal-trevas-demônio...”, e de tal forma que a pauta maior neste assunto, lida com a expulsão dos muitos deuses, vistos como demônios pelas várias formas de monoteísmo – todas elas tendo sua origem em Akhenaton – e a ascensão do deus único, saudado principalmente sob a figura de allah, yaveh ou cristo.
É dito sempre pelos mais conceituados senhores deterministas das verdades e valores morais sociais, como foi superado o barbarismo danoso do passado, pela religião moderna que, via de regra, é citada com tendo sua origem em Abraão.
Um dos maiores pontos de apoio para este tipo de ponto de vista, é a grande dissertativa que aborda como o povo abandonou os templos e cultos dos muitos deuses, de muitas tradições e de várias localidades diferentes, e de como o culto a estes deuses sucumbiu ao monoteísmo.
Em geral, sempre são propositadamente ignorados fatores muito importantes, quando são afirmados insensatamente as palavras acima, e isto sempre em favor do ciclo absolutista que reside nos modismos atuais, e em suas naturais formas de ser.
Notemos todos nós inicialmente, que uma das coisas que menos são citadas, lida justamente com os fatores da conversão pela espada.
Por exemplo no ano 312 da era vulgar, ocorreu a tomada do poder pelos cristãos sobre o império romano. No fim de uma guerra civil, Constantino tomou o poder, e pouco depois converte-se oficialmente ao cristianismo, e "autoriza", num primeiro tempo, o culto do deus único cristão, pelo Édito de Milão: é o início da perseguição religiosa na Europa. Pouco a pouco o culto dos outros deuses, exceto o deus cristão, vai sendo proibido. Os santuários clássicos serão destruídos ou transformados em igrejas cristãs. No fim do século IV, não haverá mais nenhum templo pagão em toda a bacia do Mediterrâneo.
As atrocidades sofridas por Hipátia responsável pela Biblioteca de Alexandria, em 415 da era vulgar, que geraram a canonização de Cirilo como Santo, tiveram como seu principal efeito colateral um retrocesso tão acentuado no desenvolvimento humano, que hoje em dia estimasse que a humanidade tenha ficado em total estagnação a partir desta queda, por 1.000 anos.
Com o poder plenamente a sua disposição, a igreja católica torna-se senhora da produção literária, escrita e conhecimento permitido, e uma das atuais seqüelas disto é a suposição da contagem do tempo baseada em um nascimento de cristo, que em verdade foi apenas um manipulação de Constantino.
Outra horrenda seqüela foi o engendrar da Inquisição, objetivando inicialmente caçar os Templários, que estavam ganhando muita força na Europa, tanto por conta de seus serviços como mercenários, como também por conta da dependência de todos os comerciantes, de seus castelos, que funcionavam como postos de trocas, onde documentos assinados e devidamente selados, eram trocados por ouro ou outros valores, tornando possível a existência do próprio comércio naquela época.
Para isto, ocorreu o assassinato de um Papa, a coroação de outro sob o domínio de Felipe o Belo, rei da Espanha, e seu desejo de possuir os bens dos templários para si, o que veio a gerar para a Espanha, a criação daquilo que veio a ser historicamente conhecido como a Invencível Armada de Mil Navios.
A Inquisição caçou, torturou e matou homens, mulheres, idosos e crianças, e procurou eliminar todas as formas de cultos ancestrais que houvessem em toda a Europa, e no novo mundo. Como inlcusive foi o caso da entrada da Inquisição no Brasil, nos tempos do Brasil Colônia, para rastrear e eliminar traços do culto a Ataégina e Endovélico, assim como remanescencia de costumes de Visigodos, como é o caso da festa de São João, que perduram até o presente momento nos hábitos brasileiros.
Podemos dizer que seus crimes foram muitos, e foram imitados por Luthero e os 100.000 pagãos assassinados no território da Alemanha, que se opunham ao que estava ali ocorrendo, pois sua suposta reforma nada mais era do que roupas novas, sobre um cadáver antigo.
E não nos escudamos de citar ao Islã, pois a conversão pela espada é muito conhecida entre os mulçumanos, e tanto pode ocorrer com maior ou menor freqüência no decorrer do tempo e de acordo com os locais, como o Taliban no Afeganistão moderno, pode nos demonstrar.
Esta mesma intransigência reside dentro do judaísmo, que em seu foco ofensivo também matem por hábito atacar aos cultos de outros povos com violência, sendo que consta historicamente do mesmo a ofensa contra os deuses fenícios, como a famosa frase que tolamente cita a “...Baal como o Senhor das Moscas...”, jamais levando em conta nem os costumes dos fenícios e nem os costumes de seus sacerdotes, para aferir esta terminologia a Baal. Pois Baal, assim como o Acadiano Shemesh ( que inclusive é fonte para o termo hebraico Shemesh, que define o sol), é um Deus Sol, que luta contra uma força antagônica a humanidade, para dar vida a Terra e prazer aos humanos. Cabe também aqui citar que da mesma forma que muitos faraós usavam o termo “...Abra...”, como uma designação real, Baal e Shemesh foram usados para designar o “...Rei...”, e eram títulos dos nomes dos Reis nos locais onde seus cultos ocorriam.
Assim, como podemos observar sem maior esforço juntando os elementos acima, notaremos que em momento algum pessoa alguma abraçou o monoteísmo como se uma forma de graça houvesse pousado em seus ombros na forma e figura de uma Pomba, que aliás é o pássaro sagrado de Afrodite.
Os cultos monoteístas, tem por hábito adentrar um local, causar a subserviência da região e das populações dali, com vistas a lucro e dominação de massas, e eliminar todo e qualquer discordante que possa estar presente – como foi o caso da citada Hipátia, acima.
Mas não é esta a única coisa que fazem, há coisa ainda pior.
Todos estes Cultos Dogmáticos, que em essência participam da equação da subserviência do Gado, e de seu sacrifício, para dar sustento ao Pastor que o guia, tem o hábito de absorver elementos do culto que ofereceu-lhe resistência, para procurar absorver os adoradores, e para ter um ponto focal de culto, baseando-se então no ato de estuprar o culto antigo, e os anseios do povo que a ele estava ligado.
A igreja católica, os protestantes, neo-pentecostais, islâmicos e judeus tem este hábito, e dele precisam para poder sustentar a existência de seus lastros de vida, em suma, suas religiões, que nada de original possuem.
Com foi acima citado, muitos são os dados e meios de ser de outros povos, inclusive Babilônicos, Fenícios e Egípcios, que foram tomados como lastros para sustentar o judaísmo.
Temos o uso de diversas palavras como Shemesh como foi acima definido.
Temos a vida de Akhenaton, que foi tomada como base para engendrar a existência de Moshé (Moisés) e de Abraão, conforme as descobertas em Tel El Armana, por parte de Plinders Petrie e Howard Carter, região onde existia Akhetaton, a cidadela que Akhenaton construiu no meio do deserto, na assim chamada “...Terra Prometida...”, para a qual guiou o povo que o seguiu, quando a este foi prometida a vida a pós a morte no paraíso de Aton, para todos os que se convertessem a religião de Akhenaton. Sendo que ali mesmo, local da existência do monte Horeb, chamado de Sinai, foi encontrado um templo a Aton com uma pequena estátua da mãe de Akhenaton próximo da entrada, no exato local onde seria depois descrito que houve o contato de Moshé (Moisés) com a chamada “...Sarça Ardente...”.
Temos o alfabeto e costumes dos Fenícios, e bem como a Língua dos Arame, uma tribo beduína e politeísta, que vivia na região a muito tempo, e que é fonte para o Aramaico.
Em relação ao cristianismo, essa situação somente piora, uma vez que todos os seus assim chamados “...Santos...”, são pessoas que cometeram atrocidades contra religiosos de religiões diferentes, ou mesmo “...Deuses e Deusas...” de outros cultos, que nunca foram completamente erradicados, e que foram absorvidos para poder absorver grandes levas da massa de manobra, que os adoradores representam.
Dois exemplos disto são Brigida, deusa Irlandesa, canonizada como Santa Brigite, e Neker, que é fonte para o “...papai Noel...”, e que era chamado de “...Old Nick...”, como um termo para o diabo.
Para tornar ainda mais interessante os dados, a igreja católica nem sequer sabia qual era a forma do dito “...demônio...”, apenas constava de uma serpente no paraíso, e nada mais, nos primórdios do cristianismo.
Conforme foram exterminando pessoas e cultos por toda a Europa, os deuses mais cultuados ali foram absorvidos como exemplos da forma do mal.
Então da soma do Helênico Pan com o Céltico Herne, apareceu a figura do diabo de chifres e pele escura.
Esta figura composta foi somada ao termo nórdico “...Hel...”, local para onde todos os mortos iam na tradição nórdica, e que similarmente ao Tártarus grego, se dividia em locais ou moradias em conformidade aos crimes dos humanos, sendo que os honrados eram deixados em local similar aos Campos Elísius, e da mesma forma os Heróis, viriam a habitar com os Deuses e Deusas, nas esferas superiores.
Uma das maiores fontes de discórdia do monoteísmo com o politeísmo, é que via de regra os Heróis, aqueles que possuem coragem e vontade de batalhar, são relegados ao inferno, sheol ou morada de Íblis no monoteísmo, pois este somente dá valor a miserável misericórdia. E nas tradições politeístas, em via de regra, somente podem habitar nas alturas com os Deuses e Deusas destas tradições, os que puderam demonstrar dignidade e coragem em vida.
O Islã não pode alegar originalidade, uma vez que o culto original dos árabes é lunar e feminino, e que os próprios árabes são descendentes de sumérios e tem tanto aos Igigi, Aphikalluh quanto os Anunaki, como fontes de cultos para esta antiga adoração a Al-Uzza, Al-Lat e Monat, que encontram muitos pontos de vínculo com o antigo culto a Inanna-Astarote, embora este seja na verdade um culto ligado a Vênus.
Isto pode até mesmo se complicar ainda mais, se for aferido que Al-ilah é um título pelo qual o deus Sin, ou Nana, deus Sumério da Lua e pai de Inanna-Astarote, do deus solar Shemesh-Utu do deus Adad, senhor das tempestades e dos terremotos.
E para dar um desfecho final a estes dados, Al-Uzza uma das antigas Deusas da Trindade Lunar dos Árabes acima citada, foi absorvida exatamente com este nome, como a Pedra Negra que é adorada na Caaba em Meca.
Há alguns outros, que efetuam associações entre Al-Ilah com o termo hebraico HELOHIM.
Isto por si só, também contribui para a o entendimento do monoteísmo como algo que suga todas as suas bases do politeísmo, pois Helohim é um palavra em hebraico que funciona tanto como um termo coletivo quanto como um plural, para a palavra “...Al...” ( pronunciasse “...El...”) que significa “...Deus...”.
Sendo assim Helohim, implica no termo “...Deuses...”, e é a palavra que é usada em hebraico, no começo da parte da gênese tanto do “...torah...” como da “...bíblia...”, para citar quem criou o universo.
Logo a temática dita que, o sentido correto da frase ali presente no gênese, é:
“...No princípio Os Deuses criaram céu, terra.............”
Isto contém em suas raízes, a cosmologia e forma de entender o universo, que é tão presente na tradição politeísta dos sumérios, principalmente no tocante a origem do universo naquela tradição, onde são citados o grande oceano primordial “...Tiamat...”, de onde provém “...Anu...” - o Céu - e Ninursag-Ki – Terra.
Como podemos notar em nenhum momento o monoteísmo realmente conseguiu suprimir os antigos cultos, mas praticou o estupro destes em favor de si, através da ignorância e decadência que são tão peculiares em meio ao povo, onde quer que venha a florescer suas formas de dogmatismo.
E com estes elementos reunidos, podemos então partir para uma abordagem mais enriquecedora dos elementos com os quais o monoteísmo em si mesmo, realmente lida para o seu próprio repúdio e ainda sim, como sua única forma de se manter.
Se notarmos o mundo moderno, onde pôde florescer o ateísmo, mesmo que timidamente ainda nos dias de hoje, e bem como onde houve algum desenvolvimento científico humano, quando aqueles que não fazem parte do grande rebanho, resolveram expor suas formas de pensar, mesmo que as custas de suas vidas, ou sob o escrutínio do escárnio da sociedade de suas próprias épocas, mas que causaram os avanços que puderam nos trazer até o presente momento, para o melhor e o pior que temos hoje em dia.
Veremos que ainda sim, quando por exemplo uma mulher que seja exuberante e bela o suficiente, passe em meio aos homens, desencadeará a plena atenção de todos eles para si, podendo vir a exercer controle sob muitos deles, sob uma promessa nunca dita de que seus favores sejam concedidos aos pretendentes dos mesmos.
Este efeito, extremamente comum, é a perfeita execução natural do ciclo reprodutivo ligado a sobrevivência da espécie e transmissão de genes, e que ocorre tanto na sociedade humana, como em meio ao comportamento social dos animais, e em via de regra a idéia dos ciclos da “...primavera...”, das paixões sob a atenção da “...Lua Cheia de Maio...”, com todas as poesias que tantos menestréis já tenham entoado a suas musas, insuflados pelo encanto tecido pela suavidade da luz desta mesma lua, que a seus olhos, imita a pele ou a graciosidade da pretendida, está totalmente conectada com os fluxos hormonais de animais e humanos, chegando mesmo a causar picos de atitudes, que depois dos furor do momento, são lembrados muitas vezes como “...repreensíveis...”.
O que nos leva ao inexorável fato de que neste dias, onde com tanta arrogância fanáticos e mais fanáticos berram aos plenos pulmões, que os cultos antigos morreram, e que todos os que participaram destes, ou em teoria os estão tentando reanimar, irão para o inferno, quando depara-se com uma mulher ou homem, que o agrade e o leve ao desejo de acasalar-se com ela (ou ele), está cultuando a Deusa Freia, ainda que de forma imprópria, hipócrita e distorcida pelas seqüelas e sombras que residem em seu inconsciente.
A estes sobra o ato de casarem-se com o objeto de desejo, que deverá se curvar ao dogma que acorrenta a mente do dogmático, ou de punirem-se e muitas vezes mutilarem-se para esquecerem o desejo – a exemplo do que a Opus Dei faz, quando instiga o uso do Cilício, para auto punição masculina, quando vem a ocorrer a ereção.
Quando nesta sociedade demagógica, adoram a misericórdia e os atos extremos de subserviência, e acusam a Caim por ter matado a Abel – e jamais, jamais se preocupam com o fato de isto é apenas mais uma cópia das lendas Babilônicas, e neste caso estaríamos citando a lenda de Emesh (o verão) e Enten (o inverno).
E o fato é que nunca em toda a história da humanidade foram vendidos, adorados e cultuados, tantos ícones, artefatos e símbolos de Nergal, Tyr ou Ares, inclusive como os torneios de “...Vale Tudo...”, podem nos demonstrar.
Em momento algum lembram-se de que o legislador e juiz, em sua imponência, representam a própria majestade do manto violeta envergado pelo imperador de Roma, cujo equivalente cromático chinês foi o Amarelo, e que tanto um como o outro encontram suas raízes na própria imponência do Deus eslavo Perkunnos, do germânico Donnar – embora que o deus dos julgamentos dos povos setentrionais mais precisamente será Forsetti - do céltico Teutatis ou do helênico Zeus, como Jung gostaria por exemplo de tornar claro as mentes de seus leitores.
Na verdade poderíamos continuar demonstrando infinitamente, o quão desprezível realmente é o esforço dogmático em tentar esmagar o cerne do que o politeísmo representa, mesmo que usando dos mais violentos e ardilosos meios.
Mas o objetivo aqui definido vai além disto.
Uma vez que tenhamos estabelecido os limites do que tem sido feito a plena carga, durante a vulgar era cristã, e que cujo germe foi plantado pelos indesculpáveis atos de Akhenaton, que inclusive faliu os cofres reais egípcios ao realizá-los. Poderemos então discutir os usos, e as formas adequadas de tratar com estas situações e seus entrelaçamentos.
Tomemos por exemplo a maior vergonha do Império Romano, a chacina de 20.000 legionários Romanos em Teotoberg, praticada pelos estimados 4.000 Cherusq, que eram a tribo principal que residia próxima ao Exterstein, onde se localizava o Irminsul.
O Império Romano estava começando a decair, mas ainda sim guardava muito de sua força, e empregava mercenários muito bem pagos para compensar a falta que os romanos propriamente ditos faziam ao próprio império.
A natureza de ser dos Romanos era a expansão, dominação e cobrança de impostos, que geravam o sustento do próprio império, e que o conduzia a interminável necessidade de crescer como única forma de sustentar a si mesmo, e que por si mesmo foi a chave para que, futuramente viesse a cair em desgraça, e tendo aos atos de Constantino como sua maior desgraça.
Um centurião romano de nome Arminius, cujo nome original era Hermann, por alguma razão não muito bem esclarecida, retornou a sua tribo de origem, justamente a dos Cherusq, tempos antes do Império Romano decidir que almejava dominar a região setentrional da Europa, como forma de sustentar a si mesmo.
Desta forma, ele veio a liderar aos Cherusq contra os Romanos, o que deu-lhes alguma vantagem em relação a outros povos, mas que era coisa muito pequena dada a diferença de tamanho dos exércitos.
No entanto, Tácito retratou posteriormente que os soldados romanos enfrentaram problemas pouco comuns na região, e que entre estes problemas o mais costumeiro e o que mais os atemorizava, era o fato de que os guerreiros dos povos germânicos, chamados “...bárbaros...” por ele, literalmente exterminassem os legionários romanos, estando constantemente em estado de frenesi durante a batalha, a tal ponto que descartavam preocupações pessoais com indumentárias de proteção para batalha, muitas vezes indo nus e munidos apenas de uma espada para a batalha, de tal forma que de pouco valia a técnica de batalha correntemente usada pelos legionários.
Este método empregado pelos germânicos, e que foi coisa comem em meio a todos os povos setentrionais da Europa, foi um dos maiores motivos de temor em tempos posteriores, em meio ao tempo que foi chamado de “...Era Viking...”, quando então as igrejas exibiam nas portas de entrada, principalmente na França, a famosa frase “...Protegei-nos deus da fúria dos homens do norte...”!
Esta descrição é de extrema utilidade se levarmos em consideração o fato de que aqui, especificamente, encontraremos o pleno uso da belicosidade do Deus da Guerra, e do pleno banhar da psique humana em suas artes, oferecendo clara vantagem aos que não podem fazer uso disto.
Em termos da psicologia de Jung, esta seria uma forma clara de aplicar o arquétipo da Guerra, e de canalizá-la para um uso bem definido, com o perfeito colher, dos resultados almejados.
Em termos politeístas diríamos simplesmente que os fortes, imbuídos do Deus da Guerra, “...esmagaram os fracos, no dia de orgulhoso de sua ira...”!
O mesmo se dá, sob o ponto de vista das maquinações irrequietas e muitas vezes maquiavélicas, que visam planos a longo, médio e curto prazo, que contém a arte , eficácia e eficiência que são tantas vezes testemunhadas em arquétipos como o de Mercúrio, Loki, ou Hermes, e que frequentemente carregam o germe da confusão, como meio de representatividade da tempestade que se oculta sob o manto da ordem, e que é tão necessário para a indução da mente criativa e frutificação do planejamento de algo.
De fato observando todos os elementos vinculados aos dados acima citados, podemos notar que com certeza o ato natural dos dogmáticos, de suporem inviolabilidade de seu dogma, através de frases chaves que os levam a descaracterizar as dúvidas que são propostas sobre suas religiões, como a muito conhecida assertiva muito comum entre cristãos, por exemplo, onde é dito pelos mesmos que “...não importa que não se acredite em jesus, pois o mesmo acredita no descrente...”, entre tantas outras formas “...neurolingüisticas...” de imposição subliminar, acaba voltando-se diretamente contra o próprio dogma, ou mesmo, contra o próprio dogmático.
E isto pode ser atestado pelo simples observar atento de alguém, pois claro está que na verdade são aqueles que o monoteísmo taxativamente nomeou de “...demônios-djins-qlipoth...”, que continuam a estar onipresentes em todos os ramos da vida de quem quer que seja, indiferentes ao fato de ser esta ou aquela pessoa, consciente disto ou não.
Se tomarmos por base um conhecido método de origem helênica, nascido dos esforços de Platão e Pitágoras em sucessivamente efetuarem trabalhos sobre os costumes dos povos que influenciaram os gregos, e que teve expressão via a fortíssima influência exercida pelos helênicos sobre os judeus, nos tempos da dominação de Judah pela Grécia, quando vieram a ter começo os hassidim, ancestrais dos essênios, que são os assim chamados pré-gnósticos, notaremos que muita importância foi dada a textos que abordaram “...Hermes Trimegistus...”, chamado de Enoch pelos essênios, e bem como ao que depois foi conhecido como “...Corpore Herméticum...”, traduzido por Miguel Psellus e Ulf Ospaksson já em tempos bem posteriores na cidade de Bizâncio.
Veremos então que a forma de ser do Politeísmo Grego, e seus hábitos a cerca do movimentos astronômicos, herdados do contato com Babilônicos, Egípcios e Hindus, desencadeou a presença do que foi inexoravelmente unido ao ponto passivo do que se entende por lugar comum em tudo que expressa o Politeísmo, e apesar dos enxertos dogmáticos, continuou a preservar o germe da tradição destes povos mais antigos, dentro do Cabalismo, sobre tudo do Cabalismo Hermético, que em sua conduta natural, continua a usar os termos hebraicos como fonte básica de sustentação do sistema cabalístico, e por causa disto mesmo continua a emprestar força em sua natureza essencial da voz do politeísmo, como podemos conferir por exemplo, na citação a respeito de Helohim, acima descrita.
Agora podemos abordar um assunto delicado, embora um tanto quanto inquietante, mas que deve estar já a algum tempo, praticamente aos “...berros...”, na mente do leitor, e a ele chegaremos via uma pergunta muito simples:
Os exorcismos existem realmente?
Para abordar este assunto, teremos que pensar com muita calma, e analisar as vertentes sociais, políticas, econômicas para poder chegar na raiz do que realmente trata este assunto, religiosamente.
Com pudemos notar acima, a esmagadora maioria das religiões antigas foi molestada em duas vias distintas, por parte dos dogmáticos.
Em uma delas, se aproveitaram das datas, locais de culto e nomes de deusas e deuses, com o intuito de esmagar o culto que ali se fazia presente, e de dar impulso ao movimento dogmático que ali demarcou sua presença, mesmo que aviltando inicialmente a população ali presente – precisamente aqui teve em meio aos católicos, como seu maior instrumento para este intento a chamada “...Companhia de Jesus...”, ou o movimento dos “...Jesuítas...”!
Na outra via, temos o ato do esmagar contínuo e inexorável de todos os costumes e atos antigos, ligados a tradição original onde o invasor havia chegado, contando entre seus recursos para isto, com o assassinato dos líderes religiosos, devotos insistentes, e destruição sistemática de tudo que lembrasse ao povo dali, seus antigos costumes – precisamente aqui teve em meio aos católicos, como seu maior veículo a “...Inquisição...”, que depois foi chamada de “...Opus Dei...”!
O caso protestante foi bem violento também, e teve alguns episódios impressionantes de ódio, assim como de estultice absoluta, como foi o muito conhecido caso de “...Salém...”, nos Estados Unidos da América, entre tantos outros.
E o caso islâmico, é vasto e causa tanto repúdio quanto os demais, bastando lembrar sobre o famoso diálogo entre o comandante das tropas árabes e um de seus soldados, a cerca da destruição final da Biblioteca de Alexandria, por parte dos mulçumanos:
“...Se estes documentos são malignos, devem ser destruídos! Mas se não são, também devemos destruí-los, pois não precisamos deles pois temos o Corão!...”
O caso judaico, também deve ser mencionado para que se tenha clara certeza de que forma alguma de dogmatismo, conseguiu escapar a este padrão, pois é fato conhecido que o termo Belzebu, como foi acima expressado, nasceu do ato de preconceito por parte dos rabinos, contra os samaritanos e outros mercadores que passassem em suas terras, comerciando com os judeus, que fossem adoradores de Baal !
Desta forma, fica bem claro que o ato de exorcizar algo ou alguém, lida como ato de eliminar uma crença alienígena aos conceitos dogmáticos de alguém, que esteja ligada a um objeto, local, comportamento, marca pessoal ou pessoa em si, para dar base de existência plena apenas ao dogma focalizado em determinada região, com apenas uma única possibilidade que foge a este padrão!
Esta possibilidade implica nos elementos de harmonia e desarmonia, que podem estar imbuídos de algo, de um local, uma relação de forças, conjunto de pessoas, e enfim quaisquer elementos que estejam em descontinuidade com a harmonia presente em dado momento ou local.
Em outras palavras se um determinado objeto, por exemplo, contém uma total falta de sincronia com o local onde se encontra, causará uma ruptura na pauta geral que esta naquele local, e deve ser alterado, limpado, melhorado ou eliminado. Este ato em si mesmo, é tal e qual o ato de afinar instrumentos musicais até o ponto em que dois instrumentos de corda - que estejam sendo afinados juntos - estejam em tamanha afinidade, que ao tocar sonoramente a corda de um deles, a corda proporcional do outro também venha a ressoar.
Desta maneira, primando sempre pela beleza e harmonia de relações, poderemos então chegar a um consenso mais organizado e menos fanático, do que possa vir a ser uma “...purificação...”, palavra que na verdade suplanta em muito a idéia contida no termo “...exorcismo...”.
Contudo, todas e quaisquer que sejam as supostas formas de exorcismos que tendam a taxativamente, tornar algo puro em nome daquilo que os gnósticos chamaram de Saclas, que vema ser conhecido como os muitos nomes das divindades solitárias do monoteísmo, de cada tipo de monoteísmo, são nada mais do que falta de bom senso, ou arrogância em excesso!
Ainda hoje em dia falasse muito no exorcismo no mundo dogmático, e as grandes massas não pensantes, perfeitos instrumentos de sacerdotes inescrupulosos e sedentos de meios econômicos, políticos e sociais, divulgam este ato da mais pura ignorância, com algo necessário para manter seu deus presente no coração dos fiéis, e bem como funcionar para prevenir o aparecimento do assim chamado “...grande inimigo...” do deus do dogmatismo em questão, qualquer que seja este, nas regiões onde venham a morar os seguidores do dogmatismo.
Entre os árabes é muito comum a defesa do ato de espancar a mulher, como natural e bem vinda.
Muitas emissoras estatais árabes tem programas onde “...Mulah´s...” – líderes religiosos islâmicos – explicam como deve ser o espancamento, de tal forma a induzir ao marido a evitar o rosto da esposa, para não deixar muitas marcas visíveis, na única parte do corpo da esposa que virá a ser vista por quem quer que seja, e muitas vezes nem isto, dependendo do grau de dogmatismo do país islâmico em questão.
Isto é claramente uma forma de resquício dos medos e terrores a cerca da verdade sobre o culto árabe, pois a lembrança da trindade original feminina Al-Uzza, Al-Lat e Monat, que é anterior ao corão, e de quem o próprio corão empresta força continuamente, como foi acima citado.
Desta forma, aquele que atenta contra a mulher em meio ao mundo islâmico, o faz como um impulso inconsciente, que procura reprimir esta verdade enfática que resiste, resistiu e resistirá ao tempo, pois é lastro do próprio corão, coração do dogmatismo que foi lançado ao mundo por Maomé.
A dança do ventre, arte jamais praticada por islâmicas que seriam apedrejadas imediatamente caso o fizessem – com exceção daquela que vem no máximo a dançar para seu marido – é muito difundida ainda nos dias de hoje, e contém em sua essência resquícios das artes das deusas Al-Uzza, Al-Lat e Monat, que em si também são expressões mais recentes dos cultos de Inanna, Astarte, e bem como o de Isis, sendo também uma forma de sobrevivência de extensão da vida da deusa da sexualidade, em meio ao mundo árabe, somente sendo banida nos locais dos extremistas Taleban, e outros do mesmo tipo, mas tendo ganhado o mundo todo nos dias de hoje.
É curioso como a força de algo seja tão potente, que os detentores de recursos financeiros entre os islâmicos, paguem valores altíssimos para terem a sua disposição dançarinas – a maioria, que seja bem entendido, se constituindo de estrangeiras – que no geral, também exercerão as outras artes de Inanna-Astarote, e por meio do culto das mesmas, acabam por domar aqueles que domam ao povo que busca açoitar as mulheres. que por sua vez, possam ser expressão da divindade da sexualidade, gerando desta forma um círculo vicioso, que tem seu ponto culminante, a adoração sistemática de Al-Uzza, até os dias de hoje, como a pedra sombria de Meca, centro do culto islâmico.
Um fato análogo que pode nos servir de base para os detalhes acima, é a forma como os nórdicos lidavam com estes assuntos.
Quando uma mulher bela despertava a paixão de alguém, era muito comum que o pretendente viesse a dizer que a própria Freija, vivia em meio aos olhos da mulher cobiçada.
Portanto, com base nos dados acima, claramente observamos que a frase de Crowley de que “...Os deuses desfrutam entre os humanos...”, é um fato experimentado todos os dias em nossa sociedade, ou em quaisquer outras que venham a existir, existiram ou existirão.
No entanto constituísse de suprema idiotice o comportamento tacanho, da contumaz perseguição contra os cultos politeístas, por parte dos acima citados fanáticos, pois sem as forças que são tratadas nestes cultos, e sem o que foi subtraído impropriamente destes cultos politeístas, para dar alguma base ao dogmatismo, o próprio monoteísmo se auto-extinguiria em total apatia e ausência tanto de vida, quanto de finalidade.
O ato mais correto para quem quer que o seja, com toda certeza, deverá ser o de entender a natureza de um pulso de força tal e qual o de Zeus o é, por exemplo, no âmbito mental e emocional humano, e fazer uso do mesmo tanto no sentido do equilíbrio pretendido por alguém, que pleiteia organizar o caos de suas próprias idéias ou de sua vida, quanto na forma correta de lidar e fazer com que um determinado documento, paralisado em meio ao eterno jogo de “...empurra-empurra...” dos tribunais, venha adequadamente fluir para onde já deveria ter ido, tratando ao representante da força em questão, o Juiz ou Juíza, como se ao próprio Zeus estivessem tratando, por um lado, e por outro procurando fazer uso das vantagens que isto lhe conferirá na tramitação do documento, já no âmbito da “...corte...” de Zeus!
Ofereça sutilmente e antecipadamente uma cortesia que claramente se seguirá de outra através de alguém que possa falar diretamente com Zeus, e as graças do arquétipo do “...Rei dos Deuses...”, fluirão para aquele que soube cultuá-lo!
Os seres humanos, via de regra, passam suas existências continuamente possuídos por esta ou aquela força, e sua falta de tato ou de atenção lhes rende apenas uma vida, tal e qual um joguete, durante o tempo em que a as forças em questão venham a estar participando de suas vidas.
Se analisarmos por exemplo o caso das tradições que lidam com o princípio do desapego, observaremos que estas mesmas tradições levam em consideração que o ser humano tende a atos ou extremamente apáticos ou extremamente explosivos, tendendo apenas alguns a um ponto intermediário construtivo.
A isto os Hindus chamaram de “...As Três Gunas...”, e em sua temática sobre o assunto – temática esta que foi absorvida para as muitas formas de budismo – para que alguém possa escapar dos ciclos eternos da reencarnação, e parar de sofrer neste mundo, que é visto ali como eterna fonte de sofrimento e dor, deve a pessoa estar indiferente tanto aos prazeres do mundo quando as suas dores, e deve evitar ambas as extremidades acima citadas, de tal forma que atinja um ponto de neutralidade, que venha a anular a relação de causa e efeito que esteja regendo sua via, segundo o ponto de vista oriental.
Desta forma procuram abraçar o Nirvana – para o budismo – ou entrar em Samadhi – êxtase desencadeado pelas práticas dentro do Hinduísmo.
Um ponto em comum com a forma de vivenciar o mundo, como as tradições européias o viam no passado, é a natureza tríplice das deusas Kerridowen, Brigite e Morrigan, ou o caso setentrional das Nornes Urd, Skuld e Verdanki, que regem a vida humana indicando a chamada “...sorte do indivíduo...” ou seu destino.
O caso nórdico é categórico, ali Urd/passado, Verkanki/presente e Skuld/futuro são citadas como aquelas que podem vir a encurtar ou ampliar a vida, ou modificar a sorte na vida de alguém, conforme a pessoa levar com maior ou menor honra sua vida.
E com podemos notar, há pontos de vínculo entre o caso oriental e o caso ocidental, mas as unidades básicas internas mudam muito, embora a idéia de Carma, Krwi ou Wird – hindu, céltico, nórdico – contenha muitos elementos similares.
Se evoluirmos para nos tornarmos o Nirvana, pleno e descrito tal e qual o Tao é descrito pelos chineses, contemplaremos em seguida nossa descida aos pontos mais baixos da existência, unificados como estamos a tudo no absoluto do universo – uma vez que não haverá nenhuma diferença entre o ser que se dissolveu no Nirvana, e as partículas do mesmo que geram a ilusão de Maia - visível ou não, e daí em diante viremos a evoluir mais uma vez, até que cheguemos ao ponto de maior grosseria do ser em meio a evolução, e tal e qual os ébrios largados nas vias públicas, de vida em via, o Carma em teoria nos levará mais uma vez de volta ao Nirvana, para que o ciclo recomece.
Qual então é a finalidade de evoluir para a dissolução, se está nos trará diretamente ao ponto anterior ao que haveríamos atingido, com base nos exposto acima?
Desta forma, considerando-se apenas a palpabilidade do que podemos tocar – mesmo que possamos alçar vôos maiores, com os acima descritos – vamos observar então o leque de possibilidades que nos são apresentados!
As forças estão em constante jogo na vida de quem quer que o seja, e continuarão a manter este jogo, através de outra vida, quando a vida deste ou daquele indivíduo vier a deixar de existir.
Elas tem uma maneira de ser peculiar, caso a caso, e podem influenciar poderosamente alguém a fazer algo, na mesma vazão que alguém pode vir a usar desta influência para que algo ou alguém, venham a fazer aquilo que ele mesmo precisa que seja feito.
Tanto o ponto de vista puramente analítico e psicológico dos arquétipos, como também o dos cultos variados, descreve que a psique de alguém – a alma de alguém – somente está em equilíbrio, e em estado de satisfação quando os arquétipos, as forças em eterno jogo, se movem em meio a vida subjetiva e objetiva de uma pessoa, tendendo a satisfazer os anseios que esta pessoa possa vir a ter.
Desta forma, o ato de entender a atividade natural de uma destas forças, que por acaso esteja constantemente presente em sua vida, tornando-a uma sucursal dos reinos inferiores, e entendê-la como a ação de uma determinada potência, que está desfrutando de sua vida, apesar dos danos que tem causado a mesma, e o mais importante, que não pretende em nenhuma hipótese ir embora!
Isto nos leva a duas atitudes, que embora sejam distintas entre si, se reunirão ao final para nos brindar com uma solução!
Primeiramente, que temos que identificar a atitude do que está ocorrendo, ou do que queremos que ocorra, e predispormos os fatos, coisas e pessoas, a atuarem como coadjuvantes para desencadear o objetivo que uma dada força, pode vir a causar.
E em segundo lugar, que para nossa total polarização, uma vez definido o que se quer, quando se quer e a forma como se quer que ocorra. Termos que estar em total unicidade de atitude, comportamento e forma de ser com aquilo que pleiteamos trazer para nossas vidas.
Com relação ao segundo ponto, uma das formas de moldar a psique para tanto, é a ritualística mesmo que simples ligada a algo ou alguma coisa, seguida dos atos e comportamentos necessários para a que polarização seja perfeita.
Este método, a grosso modo, contém um pouco da maneira como os bersekers conseguiam seus transes de batalha, e bem como as dançarinas conseguem em alguns momentos, se unirem a força cativante de uma divindade sexual, para dominar a todos aqueles que estejam presentes para testemunhar sua arte em ação.
Ignorar o fogo não fará do incêndio algo menos perigoso, mas sim nos tornará vítimas do mesmo, e desta forma ou usamos dos métodos corretos para combatê-lo, ou usamos dos métodos corretos para impedir que venha a ocorrer.
O mesmo vem a ocorrer com a vida de mulheres e homens em todo o mundo, que dia após dia são perpetuamente dominados pelos impulsos que provém de Deusas e Deuses, que são indiferentes as suas negativas filosóficas ou religiosas em aceitá-los, e que continuarão a estimulá-los nesta ou naquela direção, destrutivamente para os que não souberem dar uso aos estímulos, e positivamente para os que procurarem solver as formas de proceder corretamente sobre isto.
Estes jogos de forças subjetivas e objetivas, não se importam se sua atitude é de taxá-los como blasfêmias, superstições, demônios, djins ou qlipoth. E continuarão a vestir as roupagens humanas, mesmo que em áreas de cultos dogmáticos, por mais que caos destrutivo seja a única coisa que resulte venha a resultar disto, pois é da natureza delas participar do jogo da vida e da morte, e espalhar muito de si por onde quer que passem.
Cabe ao homem e a mulher, conhecendo a si próprios, entender os mecanismos pelos quais estas divindades vem a atuar, quais delas ou qual delas, constantemente está atuando em suas vidas individuais ou coletivas, como isto pode ser danoso ou proveitoso, e o mais importante, uma vez que continuará a atuar mesmo que seja sem o consentimento consciente ou inconsciente, da pessoa ou do grupo de pessoas, como tirar proveito disto!
Ocorre que a mente humana, o corpo humano e as emoções humanas, notoriamente buscam pela vida, pelos aspectos multifacetados da vida, e pela honra em morte, que necessariamente passa pela plena experimentação de todos os aspectos da vida, culminando em harmonia.
Em nosso íntimo invocamos o “...daemonium...” essencial de cada aspecto de nossa existência, e não por acaso, uma vez que ao afirmar que quando procuramos por respostas a questões essenciais, procuramos o âmago, o centro, o espírito de algo, e justamente “...daemonium...”, é uma palavra grega que quer dizer “...espírito...”, ou seja, essência.
Ansiamos pela experimentação de cada aspecto da vida, e pela chance de desfrutar de seus prazeres, o que nos leva a trabalhar, ou agir em prol do lucro, para ter o meio econômico que pode nos abrir esta porta.
Procuramos então dar uso ao veículo econômico, de tal maneira que este nos traga estas coisas.
Sofremos quando este veículo nos falta, pois ele é a mola propulsora de nossa sociedade, e é dito por muitos, que o mesmo é a forma pela qual a felicidade unidamente é alcançada!
Não podemos inteiramente dizer que isto é correto, pois felicidade é alcançada no fluxo do desfrute do jogo das potencias que regem a vida, quando este flui corretamente, mas é bem verdadeiro que sem as artes de Plutão, Hades ou Gulveig, estaríamos fadados a jamais poder participar do que quer que seja, em uma sociedade organizada.
Se alguém ambiciona o dinheiro acima de tudo, deve então cultuar a Deusa Vanir Gulveig, ou o Romano Deus Plutão, ao ponto de consagrar sua vida, em cada segundo dela, a acumular riquezas, ampliá-las e manipulá-las para poder então amealhar desta forma o máximo possível dos ícones da Deusa ou do Deus, que é o centro de seu culto pessoal.
Nada e nem ninguém deve se intrometer entre o adorador e sua divindade, e deve este adorador lançar mão de todos os recursos possíveis e imagináveis, para manter os símbolos de seu Deus ou de sua Deusa, sempre consigo.
Disto resultará que as bênçãos e graças de seu deus, o presente natural de sua permanência, estarão tais e quais marcas de nascença na vida do adorador.
No geral, pessoas assim mesmo que não saibam que são adoradoras de Hades, para dar um tom grego ao assunto, são citadas como tendo nascido com uma “...sorte incrível para os negócios...”.
O que nunca é suspeitado pelos que invejam seus ganhos pessoais, é que sua vida inteiramente se constituí, de sólido culto a um deus que implica em riqueza, e que ele fará tudo a seu alcance para mantê-lo sempre consigo, descartando inclusive relacionamentos amorosos em favor do dinheiro, que é o ícone desta divindade, ou mantendo relacionamentos afetivos em favor da divindade que cultua.
O mesmo se dará com qualquer outra pessoa que seja brindada pelas constantes graças de algum deus ou deusa, nos termos aqui abordados.
Em resumo, concluímos que não se pode escapar do eixo de poder do jogo de forças, mas que se pode utilizá-lo favoravelmente para obter alguma vantagem, ou pelo menos pensar na maneira pela qual podemos diminuir alguma desvantagem.
Mas que, em nenhum momento nenhuma pessoa conseguirá se manter alheia ao jogo de forças, ela no máximo terá encontrado um eixo para onde possa verter sua verdadeira vontade, de tal forma que parecerá a todos que tornou-se imune ao processo, o que não poderia ser mais antagônico a verdade, pois esta pessoa terá submergido tanto nos recônditos de uma determinada potência, que suas ações estarão em total unicidade com a forma de atuação da divindade a qual se aliou, e isto em uma tal sintonia, que sua vida tornar-se-á um reflexo disto, em todos os sentidos, conscientemente ou inconscientemente, mesmo no tocante aos seus relacionamentos com outras pessoas, mesmo os amorosos.

Frater GrimmWotan - IXº(O.T.O.M)
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