terça-feira, 28 de abril de 2009

Ordo Templi Orientis Mundi.


Faz o que tu queres há de ser o todo da Lei!!!

Graus da O.T.O.M

1° = 10°

A mais terrestre de todas as esferas, esta imbuída do contato direto com os elementos, e contém em si a dura realidade das provas cotidianas, ligadas ao refazer do si mesmo em direção aos meios pelos quais Todo Homem e Toda Mulher, deverão se erguer em direção a sua Verdadeira Vontade.
É dito no Liber Al vel Legis verso 51 de Nuit, que há quatro portões para um palácio; o chão desse palácio é de prata e ouro; lápis lazuli & jaspe estão lá; e todos os aromas raros; jasmim & rosa, e os emblemas da morte.
Morte é uma clara referência ao trabalho de todo aquele que busca a iniciação, e o Palácio com seus 4 Portões é claramente uma referência as 4 direções da Terra Austri, Vestri, Nosdri e Sudri.
O dever do Neófito, é encontrar em meio a este Hagar as bases e estruturas de seu ser, para poder prosseguir em direção ao Palácio seguinte.
Aqui começa o teste de sua vontade para reorganizar a matéria e seus estados, literalmente produzindo os primeiros estágios do Homem da Terra, e dominando cada faceta de seu ser.
A charada muitas vezes que aqui se apresenta lida diretamente com toda a simbologia da Terra, perfeitamente vista sob a face de Nerthus, Jord ou Gard, que organiza de si as bases para o nascimento dos elementos que vem a reger todas as formas materiais.
É dito que todas as coisas tem vida, ou foco vital, de tal sorte que cada coisa encontra em si uma contraparte que lhe dá sentido.
Os seres humanos possuem o “...Si Mesmo...”, a essência pessoal, que em inglês é entendida como sendo o Self.
Esta palavra se origina etimologicamente em sua fonte dos termos Sdhee (lê-se Si), e Alf, que é outro termo para a mesma coisa.
É sabido que ambos os termos estão direta e irrevogavelmente ligados a Nerthus, Gard e Jord, indicando a idéia clara do conhecimento da vida íntima de cada uma e todas as coisas em meio a esfera terrestre, poderíamos dizer até mesmo que Hospitalidade é uma virtude que deve ser entendida e desenvolvida com sabedoria, neste grau, quando devidamente entendida com base nos termos acima.
Conhecer e dominar, levando-se em consideração os termos do Verso 51 do Liber Al vel Legis, parte de Nuit, é a essência deste Grau.


2° = 9°

Este é o ponto de maior fluxo para um iniciado, e sua mente encontra aqui a turbulência da inconstância, as flutuações que tanto marcam a presença lunar sobre algo ou alguém.
É dito que o termo para um iniciado deste grau é Zelador, pois deve ele cuidar com extremo cuidado justamente de toda a densidade e solidez que a esfera anterior lhe deu, para poder suportar a flutuação que aqui existe.
O velho aeon referia-se a este Hagar, como um palácio dos tesouros das imagens, lidando com o fato de aqui ser a porta do plano astral, via a lua, como uma representação direta do inconsciente e de suas facetas, que constantemente trocam-se umas as outras.
No entanto é fato conhecido que o horóscopo lunar, é tão importante quanto o horóscopo solar, e como todos sabem a lua manipula e influencia as mares, colheitas e psique humana, interferindo diretamente em seu cerebelo, foco de equilíbrio do ser, a ponto de que sem a solidez desenvolvida no estágio anterior, é impossível cumprir a meta desta etapa.
No Liber Al vel Legis encontramos no Verso 52 de Nuit, a seguinte citação: “...Se isto não estiver correto; se vós confundirdes as marcas do espaço, dizendo: Elas são uma; ou dizendo, Elas são muitas; se o ritual não for sempre para mim: então esperai os terríveis julgamentos de Ra Hoor Khuit!...”
Se houver qualquer confusão e desequilíbrio em meio aos fluxos induzidos ou produzidos neste estágio, se a vontade não for o foco central, então o desvirtuamento certamente virá, e com ele a espada em punho de Har.
Ser um Mensageiro da Lei, é uma das formas mais concretas de lidar com este Hagar, pois a imagem mais conveniente para descrevê-lo é a das Parcas, ou melhor dizendo, das Nornes, que tecem o destino e o fluxo da vida de todos e entrelaçam seus fios, até o ponto em que os atos de cada um vem a constituir a trama de outros.
Na Índia as Gunas representariam de forma esplêndida esta faceta da influência lunar, que tanto domina o continuo da vida humana, com suas tendências a exageros ativos, passivos ou teoria sem praticidade.
No entanto também os conceitos de Gayatri, Savitri e Saraswatti se encaixam aqui, uma vez que regem os aspectos superiores dos fluxos lunares, e ambos os conceitos devem ser reunidos em uma única coisa, para poderem ser devidamente apreciados.
Desta forma Urd, Skhuld e Verdanki, são eximiamente citadas como contendo potencialmente ou abertamente todos os elementos acima citados.
É dever daquela ou daquele que neste grau se encontra, encontrar sua nobreza, lidar com a mesma, e aplicá-la a sua vida tanto e de tal forma que venha a modificar a direção para onde estava apontando originalmente seu ser.
Ser Leal a seus juramentos, sejam eles quais forem, e seguir em frente por sua meta desafiando a tentação constante dos fluxos que lhe sobrevêm, é o tesouro alquímico que se deve aqui destilar.

3° = 8°

Este é um ponto importante, que lida com elementos cáusticos e velozes.
É dado o termo Pratikus, para todo aquele ou aquela que atinge este grau, e isto se refere à perfeita aplicação de todos os elementos que pôde desenvolver até o presente momento.
Levando-se em consideração que a solidez e o fluxo foram dominados, agora os elementos se alinham com suas essências internas iniciais, e então devem ganhar expressão, vínculos, conexões e produto final.
É tentador para aquele que aqui se encontra “...cantar a seu próprio dano...”, durante suas aventuras em meio tanto ao campo da teoria do que é aprendido, quanto do contato prático com a mesma.
É dito no Liber Al vel Legis, Verso 11 de Hadit, que : “...Eu te vejo odiar a mão e a caneta; porém eu sou mais forte...”
Deve aquele que toma contato com o conhecimento neste Grau, sentir a si mesmo e a sua vontade e deixar que seu “...Puer Aeternus...”, que brinca com todas as coisas a sua disposição, causando por vezes uma tal desordem que deixa o iniciado a beira da loucura, possa também levá-lo até o final objetivado por estas terríveis formas de ensinar, e mostrar ao praticante as verdades que ali se encontram.
Pois, a iniciada ou o iniciado, devem entender que após largo tempo, simbolicamente confinados a seus estudos e observações, deliberando sobre os planos de ação que devem ou não tomar em direção a sua Verdadeira Vontade, é chegado o momento de começar a agir e atuar por si mesmo.
Desta forma o ígneo fluxo mental, tal e qual fogo se alastrando em meio aos campos durante a seca, deve conectar diretamente os símbolos com os atos do mesmo, e gerar os picos de fluxo criativo iniciais, tão importantes para o desenvolvimento do praticante ou da praticante.
O melhor dentre todos os meios representativos desta “...confusão...” gerada pela irredutível aptidão mental para lidar com todas as coisas ao mesmo tempo, muitas vezes como um distúrbio ou mesmo um caos, e depois destilar o brilhantismo da criação artística, científica, filosófica ou religiosa. Seguramente pode ser encontrado na figura de Loki, que é o ígneo artífice da confusão, dos planos largamente esperados, dos resultados almejados (mesmo que as custas de muito sacrifício ou situações desconcertantes), e dos resultados geniais.
Desta forma o iniciado, ou iniciada, deste Grau devem aprender a severa lição de ter Auto-Confiança, para poderem seguir adiante como legítimos amantes da Lei.


7° = 4°

Este grau representa a culminação de uma parte do caminho, e o natural começo de outra etapa.
Muitos símbolos do velho aeon, são encontrados aqui, e muitas vezes as idéias literais dos conceitos de Venéreo ou Afrodisíaco, como uma sóror, ou frater, sabiamente experimentada na lei, poderá facilmente dissolver.
É fato que os elementos deste Grau, apresentado com o termo de Philosophus, lidam com o conceito da “...Estrela da Manhã...”, a anunciadora da sabedoria, que foi adorado pelos sumérios como Inanna/Astarote, e aqui nos encontramos no limiar do contato direto com os elementos da Gnose ou Magia, como a anunciadora do conhecimento ao ser.
Neste grau, a solidez, fluxo, elementos mentais e atividades ritualísticas e pessoais, se alinham aos processos que foram batizados com o termo “...iluminação...”, por alinharem a si mesmos com a idéia da estrela matutina que anuncia a luz do sol a humanidade.
No entanto, esta mesma estrela é também conhecida como estrela vespertina, pois ela também anuncia a chegada do Manto de Nuit, seio, descanso e lar de “...Todo Homem e Toda Mulher...”, pois todos os “...Fortes...”, são estrelas em meio ao manto de Nuit.
Desta forma, aquele que neste grau se encontra esta no limiar de contemplar os meios para alcançar a seu “...Si Mesmo...”, seu “...Self...”, sua “...Verdadeira Vontade...”. E como já foi elencado em 10° = 1ª, seu Self é a natureza viva e genial, que engendra atividade em seu corpo, via os elementos de que pode se dispor para tanto.
De dia ela ou ele, buscarão ser para todos os homens e mulheres, uma forma de anunciadores de Rá-Hoor-Khuit, e de noite ele ou ela, serão os mensageiros de Nuit.
Aqui encontramos como melhor fonte de representação simbólica, a mais antiga divindade feminina, ligada a magia, batalha, guerra e sexualidade e bem como, senhora de todos os Selfs, uma vez que a fonte etimológica para este termo em inglês, está contido em Sdhee e Alf, como elencado no grau de Neófito. Assim sendo, a imagem de Freija e seu Brosingamen, reflete tanto os deveres como os tesouros a serem encontrados neste grau.
Pois é dito sobre a Mulher Escarlate, no Liber Al vel Legis, Verso 44 de Rá-Hoor-Khuit:

“... Mas que ela se erga a em orgulho! Que ela me siga em meu caminho! Que ela labore no trabalho de perversidade! Que ela mate seu coração! Que ela seja berrante e adúltera! Que ela seja coberta com jóias, e roupas ricas, e que ela seja desprovida de vergonha diante de todos os homens...”

E em combinação com o Verso 15 de Nuit:
“...Agora vós sabereis que o sacerdote & apóstolo escolhido do espaço infinito é o sacerdote-príncipe, a Besta; e em sua mulher, chamada a Mulher Escarlate, está todo o poder dado...”
Assim esta representação, adorada em meio aos sumérios como Vênus e igualmente senhora da guerra, sexualidade, conhecimento e magia, nos compeli duramente a desenvolver a Vontade, pois a hora se aproxima.



6° = 5°

É dito que este é o Grau de Adeptus Minor, e que aqui se encerram os mistérios solares, o domínio do ser e a subjugação de elementos inferiores, identificados com demônios pela bíblia, talmud, corão e torah, e dominados em nome do dogma sustentado pelos pilares da misericórdia e severidade do templo, que representam a atitude daquele que morre pelos outros, para ressurgir como Algoeidos, e salvar a todos os que antes eram servos dos demônios dos vícios, levando-os a habitarem nas alturas celestes da luminosidade assexuada dos céus.
Neste Aeon, para muitos dos termos acima descritos fazemos de nossa resposta, as palavras do Liber Al vel Legis, Verso 21 de Hadit:

“...Nós nada temos com o proscrito e com o incapaz: que eles morram em sua miséria. Pois eles não sentem. Compaixão é o vício dos reis: pisa sobre o desgraçado & o fraco: esta é a lei do forte: esta é a nossa lei e a alegria do mundo...”

Muito tem sido usado do velho aeon, para exemplificar este grau, e muito tem sido comentado a respeito dele.
Mas não se enganem e nem se iludam os que aqui penetrarem, pois o “...espectro mentiroso dos séculos...” aqui não se encontra!
A maioria das representações do velho aeon, sempre erra e sempre errará nos mistérios mais altos, e quanto mais subimos, na gradação e desenvolvimento dentro da árvore da vida, maiores são os erros e maiores tornam-se as tentativas de encobri-los “...velando-os com palavras virtuosas...”, o que Hadit já nos tem alertado, ser um erro absurdo.
Os espectros da mendicância, do dar da outra face, do dogmatismo solar, da prepotência, marcas categóricas que definem tudo que o velho aeon foi e representou, não estão mais presentes no santuário, e foram banidos para o esquecimento.
Há uma transmutação presente aqui, com toda certeza, e há uma morte seguida de renascimento. Mas com toda certeza, igualmente, não há o espectro de Cristo dependurado na cruz, não há a cegueira de Mohamed, não há mentiras históricas, não há em ponto algum a marca da politicagem, e nem mesmo os crimes de Akhenaton, pois que ele seja condenado por todos os Aeons pelos mesmos!
Pois como está no Liber Al vel Legis, Verso 19 de Hadit:

“...Deve um Deus viver num cão? Não! mas os mais elevados são de nós. Eles se regozijarão, nossos escolhidos: quem se lamenta não é de nós...”

Aqui o Deus ou Deusa, representativos em meio a este Aeon, são Forças de Batalha e de Conquista, que caem em meio a guerra, e que ressurgem após uma guerra para reger os fortes que a ela sobreviveram.
Aqui a virtude mais expressiva a se desenvolver é a Disciplina, pois é ela a companheira da Vontade, que a leva a seu pleno e correto cumprimento.
Aqui vemos a face do Deus, cujo nome quer dizer “...O Guerreiro...”, resplandecente e retornando após o final de um jogo de forças incontroláveis, aqui o melhor ícone representativo é Baldher, que expressa a todos nós que os atos de um príncipe verdadeiro em meio a Lei, são requeridos aqui, pois seus símbolos retratam que mesmo que o universo inteiro venha a ruir, e que mesmo que ele caia, os fortes sobreviverão e em seu retorno, regerão, mesmo que seja sobre os escombros!

5º=6°

Esta é um Hagar que é pouco descrito, e isto é muito interessante, pois sua marcialidade foi desmerecida como um vício no antigo aeon, em sua eterna batalha por miserabilificar cada uma e todas as coisas tocadas ou produzidas em meio a ele.
Poucos realmente entendem a natureza que é desenvolvida neste Grau, poucos percebem que frases como as de Dion Fortune, ao citar que “...raramente alguém se eleva acima da esfera do sol, pois no máximo podem chegar até a esfera marcial, como aqueles que dominaram a fúria e jamais cedem a provocação, são como guerreiros felizes...”, expressam simplesmente a incapacidade da maioria de lidar com a natureza crua da batalha, da sobrevivência, da realização através da pureza da Força, virtude perfeita deste Grau!
Sim, Força Pura, essência dos Fortes que são citados no Liber Al Vel Legis, ato que transcende “...Por quê...”, pois é a “...Pura Vontade aliviada de apego...”, é uma energia em ação que fará o que deve ser feito, quando deve ser feito e da forma que deve ser feito, doa a quem doer!
Este Hagar, somente pode ser plenamente transcorrido por alguém que se destine a forjar a si mesmo tal e qual uma Lâmina nas Mãos de Babalon, a Mulher Escarlate, de tal forma que ceife literalmente todos os vermes em seu caminho, e esmague o fraco no dia de sua Ira.
Este é um ponto muito importante, pois é aqui que a Vontade descoberta anteriormente e anunciada por seu Self, ou pelos termos etimológicos que geram esta palavra, são empunhados a frente para romper tormentas ou causá-las.
O mais perfeito ícone representativo aqui, com toda certeza, deve ser aquele que é dito como sendo “...O Sem Temor...”, pois todo aquele que não teme leva medo ao coração de todos!
Por estes parâmetros, a melhor representação somente pode ser a de Tiwhaz, conhecido como Deus Furioso da Batalha, Força e Palavra Dada.
Ser forte, cumprir os desígnios do Grau, sejam quais forem, suplantar as Ordálias, ir além, e dar fio a sua própria lâmina e acima de tudo ser certeiro tal e qual uma serpente.
Nem mais, nem menos, aqui se espera do iniciado, ou iniciada!


4° = 7°

Enfim chegamos a um ponto clímax, que em si mesmo é um divisor de águas, em meio a árvore da vida.
Toda Mulher ou Homem que chega a este Grau, recebe dentro da terminologia geral, o termo Adéptus Exemptus, e carrega em si os ícones próprios ligados a regência, ao simbolismo de Zeus, ao cetro, e a dominação de todos os elementos abaixo de si, o que lhe acarreta na verdade a problemática do Ego, que pode vir a crescer mesmo que ele próprio não o tenha percebido.
Mas todos estes símbolos, muito utilizados no velho aeon, contém uma marca muito perigosa, ou mesmo nefasta, para todos que aqui adentram, se levarmos em consideração a visão do velho aeon sobre este grau.
Dion Fortune por exemplo diz que: “...O Adépto Minor e o Adépto Major, recebem ordens diretamente dos Adéptos Exemptus, que são adeptos isentos de carma, e somente são os membros da grande fraternidade branca, como Cristo, Buda, Saint Germain, e outros elevados mestres, que não tem mais corpo físico, pois nenhuma pessoa que tenha corpo físico pode adentrar nos mistérios deste grau. Aqui os Adeptos Isentos, os mestres e que também são os chefes secretos das irmandades do mundo, ditam ordens que devem ser cumpridas a risca pelos Adéptos Menores e Maiores...”
Não podemos imaginar maior prova da subserviência ao dogma, ao total desuso das faculdades reflexivas e científicas do ser. E, no entanto, a frase acima encerra em si mesma o fato de que muitos dizem que todo aquele que atinge o Grau de “...Adepto Isento...”, engendra uma grande religião da humanidade.
Nós, por nossa parte, não podemos imaginar maiores males, do que estas vieram a causar ao mundo, pois o que buscamos é o objetivo da religião através dos métodos da ciência, e nunca o dogma puro, que é tão peculiar como vício tanto as palavras acima, como a este Grau.
O velho aeon foi engendrado sobre os vícios e crimes que Akhenaton desencadeou sobre o mundo, quando criminosamente inventou um culto que não existia, e nomeou a sim mesmo o grande sacerdote deste culto, invertendo as leis que mantinham o Egito em harmonia.
Basicamente, o dogma sempre atua desta forma, como pudemos contemplar nos últimos 2.000 anos de perseguição a livre pensadores.
Os arquétipos que desencadeiam isto alguém, ou a todo um povo, são ligados todos eles aos “...Terrores de Zeus, em seu Temor pelo Abismo...”, pois o administrador da matéria teme pela liberdade dos Titãs, e sabe que o tempo está próximo.
Neste Aeon, devemos procurar a atividade organizadora, assim como o zelar pelos pilares de sustentação, de um Templo erguido em homenagem a Verdadeira Vontade, sobre as ruínas dos templos do velho aeon.
Assim a Honra deve ser a pauta e virtude deste Grau, que nos impele a agir de forma nobre, como um cavaleiro que caminha em segredo, em terras inimigas.
E o melhor ícone que representa atividade do Rei conquistador, terrível e forte, que esmaga aos fracos em sua ira, está ligada ao Deus que foi saudado como grande inimigo de todo o cristianismo em toda a Europa.
Que melhor símbolo de força deste Hagar, do que o daquele a quem todos se referiam com a saudação “...Heil Innum Raudathor! Miklas fianda hvitkrists thurses...”, que significa “...Saúdo a Thor o Vermelho! Poderoso inimigo do cristo branco invasor!...”!


11° = 0°

Aqui é infligida uma cicatriz ao velho aeon!
Pouco realmente é dito a respeito deste Hagar, que em verdade era visto como uma não esfera, ou mesmo um abismo onde foram atiradas todas as imundícies da Terra.
Foi preciso que este Aeon viesse a ter existência, para que a dignificação do Conhecimento, que é a tradução de uma das palavras que simbolizam este ponto do caminho, pudesse vir a se concretizar com meio de desenvolvimento.
E quanta tolice os temores dos incapazes, não vieram a ter expressão no decorrer do tempo, sendo toda ela oriunda dos processos incapazes de ir além dos equivalentes mentais, filosóficos, religiosos e artísticos da Física Newtoniana?
Sim, pois já a muito foi transcendido o limite da capacidade imaginativa, criativa e científica que foi desenvolvida quase como um aborto, pelo contato com o velho aeon do dogmatismo!
Em outras palavras, já a muito a mente humana conseguiu se lançar para dentro do abismo, e ali contemplar os meios, primeiro teóricos, e depois práticos, de experimentar a existência anterior ao universo positivo, como o hermetismo tradicionalmente o descreve.
Pelo mesmo motivo, a formulação do velho aeon, que procurou escravizar a mente humana a limites inconseqüentes e sem valor, que não sejam o dos temores e reverência ao preconceito e falta de validação histórica.
Desta forma o iniciado que adentra realmente na equação proposta pelo Abismo, não estará ligado aos limites do antigo aeon, e deverá ser o ponto culminante de contato da existência de Nuit, o Zero, com o universo manifesto.
Somente quem está em 11° = 0 poderá lidar corretamente com o entendimento da fórmula de Nuit onde “...Zero é Igual a Dois...”.
O ícone representativo de maior valor para este ponto, somente pode ser o daquele que tanto é um sacerdote, quanto um guerreiro e um sábio, que tal e qual o louco do taro, caminha pelo mundo, causando mudanças e sendo imune as mesmas.
Tal Deus, deve necessariamente ser o portador de um símbolo perfeito de conhecimento que venha a despertar “...Todo Homem e Toda Mulher...” como estrelas.
Assim Haimdallr o Aesir Branco , portador do perigoso Gjallarhorn, é o melhor símbolo para aquela ou aquele que como eremitas, caminham pelo mundo.
É dito no Liber Al vel Legis, Verso 60 de Nuit:
“...Meu número é 11, como todos os números deles que são de nós....”
Verdade é a melhor virtude representativa ligada a este ponto de desenvolvimento, que embora seja o Oitavo em meio a árvore da vida, encerra segredos definitivos do Ordálio X°, como descrito no Liber Al vel Legis.

3° = 8°

Aqui adentramos os mistérios que foram descritos muitas vezes, como o pós abismo.
A representação do velho aeon, mostrar-nos-á os ícones simbólicos femininos, assim como citações sobre “...amah elohim e ayma elohim...”, uma face estéril e a outra face fértil, daquilo que é descrito como Binah.
Aqui fala-se sobre as 50 portas de Binah (que são uma representação mais recente dos 50 nomes e Marcuk, ou das 50 sílabas do sânscrito).
Seus ícones do velho aeon, levam a idéia de que somente há arquétipos aqui, e que está é a porta que pode ser percebida como estando ligada ao Nechamah, que por si mesmo é porta para Chayah e Yeshidah, termos que corresponderiam a faculdades internas desenvolvidas no ponto do caminho de um iniciado, segundo os dados tais e quais foram elencados no velho aeon.
Mas estes símbolos jamais foram experimentados diretamente, segundo Dion Fortune, que sempre afirmou sua experiência como sendo indireta via o S.A.G. (santo anjo guardião, que para todos os efeitos é o Self descrito em 6° = 5ª), e os comandos diretos seriam intermediados pelos seres que estariam na esfera de Zeus, segundo a descrição do antigo aeon.
Contudo, estamos além de todas as descrições e suposições jamais pensadas ou imaginadas, nos últimos 2.000 anos!
E podemos tranquilamente entender a este Grau, como participante direto da equação de Nuit, como um termo representativo visível de ícones internos, e imensos, que recebem a alcunha de Shakti.
Pois se no Liber Al vel Legis, encontramos nos Versos 28 e 29 de Nuit:
“...Nada - suspirou a luz grácil & encantadora das estrelas - e dois...”
“...Pois Eu estou dividida pela graça do amor, para a chance de união...”
E aqui, no presente Aeon, temos a possibilidade de contemplar a Lei do Forte, atuando em meio ao desenvolvimento do ser, contemplando-o com a possibilidade de ir além.
Pois aqui,vemos a expressão mais próxima do infinito, começar a se desvelar diante de nós!
O Infinito, ou absoluto, cientificamente é uma equação constituída de duas forças imensas, que são somente ilimitadas quando estão separadas.
Desta forma, a expansão infinita e a constrição infinita, que estão presentes na matéria e energia escura do universo, são finalmente experimentadas em meio a todos os aspectos da vida dos iniciados, e este movimento produzido pelo Aeon de Har, causa tamanho impacto que vem a projetar sua força, sobre as múltiplas facetas da vida dos seres humanos, e em meio a elas, os avanços científicos, por exemplo.
Mestre do Templo, é um termo para aqueles que alcançam este Grau, segundo a terminologia hermética, e podemos dizer que Coragem é simplesmente a melhor virtude que alguém deve ter neste ponto, pois deve encarar ao infinito que começa a se desvelar diante de seus olhos, e passar a usar de seu saber e seus meios, para guiar e reger.
O melhor ícone representativo deste Grau, expressa-se por um símbolo reconhecido com uma forma anterior ao universo, que participa da geração do mesmo, e que lida diretamente com a constrição absoluta, parte integrante da fórmula de Nuit, que devemos ter a “...Coragem de testemunhar e experimentar...”, como um monge para a Dama da Abóbada do Céu.
Sim aqui o melhor ícone é a fonte gélida de venenosas víboras, Hvelgaldhr, que é uma fonte ressonante, e da mesma forma o Mago deve vibrar sua lei, para todos mesmo que esta seja constituída de veneno ao sair de seus lábios, tal e qual um réquiem, ou uma canção da vida.
Pois é dito no Liber Al vel Legis, Versos 6 e 26 de Hadit:
“...Eu sou a chama que queima em cada coração de homem e no âmago de cada estrela. Eu sou Vida e o doador da Vida; ainda, portanto, é o conhecimento de mim o conhecimento da morte...”
“...Eu sou a secreta Serpente enroscada a ponto de saltar: nos meus anéis há alegria. Se eu levanto minha cabeça, Eu e minha Nuit somos um. Se eu abaixo minha cabeça, e lanço veneno, então há êxtase da terra, e eu e a terra somos um...”


2° = 9°

Magus, o portador da Sabedoria virtude deste Grau, é um termo para aquele que pôde chegar até aqui!
É dito que as palavras de um Magus, são verdades mas que ao proferi-las elas tornam-se mentiras, pois a dualidade habita com aquele que atingiu este grau, que sendo o segundo abriga em si muito do que a equação de Nuit contém em si!
No entanto, muitos vieram a atribuir veracidade a falhas históricas supondo conhecimento, entendimento, e principalmente para esta esfera, inverdades como sendo sabedoria.
É impossível atribuir tal ato a este grau, sem incorrer na pergunta cabal que aponta sempre para a história.
Um Maggi, não pode estar conectado a fatos falhos estando no ponto em que se encontra, e não pode em nenhum momento ser uma forma de estereótipo dogmático, pois o dogma sempre será não a mentira, mas a tolice em si mesmo, e com esta tolice estarão os cães da razão!
Desta forma, quais tentativas de inserir inverdades, ou portadores da mesma, ou personagens inverídicos, ligar-se-ão não a mentira mas sim a tolice?
Um portador da sabedoria, que é termo mais elevado do que conhecedor, ao falar engendra sua Lei como Verdade sobre tudo abaixo de si.
E pode destruir tão ou mais facilmente, do que criar, pois seu arco de acesso a essência da Deusa da Abóbada do Céu é imenso.
Está o praticante agora no ponto em que é a contra parte de seu estado anterior, sendo em si mesmo ígneo além do ígneo, simbolicamente infinito em crescimento, e não mais os termos do velho aeon, como Abba, lhe caem bem como forças de representação.
Pode ser visto como um Phallus, como os ícones simbólicos do antigo aeon tanto procuraram demonstrar, e concordamos com o fato de que fizeram o melhor possível até seus limites de esforços, como atesta por exemplo Dion Fortune.
Mas no presente Aeon, nosso arco de acesso vai muito além disto.
O Maggi é aquele que sobreviverá a destruição de “...Tudo estando em eternas Núpcias com o Nada...”, podendo mesmo ser ele o artífice da destruição, ou o portador dos segredos de Nuit, como seu maior sacerdote.
O Melhor ícone simbólico para este Grau, e que é aquele que dá vazão a todo o sentido de ser vinculado a este Aeon, ligando-se diretamente a parte da equação de Nuit que lida com a expansão absoluta, e absoluto crescimento ígneo, somente pode ser Surtur, o eterno.

1° = 10°

Em termos administrativos, este grau representa pelo velho aeon, apenas o da Chefia de uma organização, pois definir-se-ia como a ação do que é chamado no hermetismo por Kether sobre a esfera oposta “...10° = 1ª...”, chamada de malkuth.
Assim sendo, seria aqui uma forma de representar a cabeça em ação sobre o corpo.
No entanto, os ícones de representação do atual Aeon, e suas formas de expressão nos levam a contemplar também a este ponto como a realização exata dos anseios de Nuit que cita sobre si: “...Estou separada pela chance de União...”.
Este ponto é o Vácuo original ou o Nada Original, e aquele que enverga sobre si o manto deste vórtice, deve eximiamente expressar a equação de Nuit, e a perfeita aplicação em todos os sentidos dos 2 Graus Anteriores, tornando-se assim um reflexo de “...11° = 0...”, que para aqueles que vêem sob o prisma da escura cor usada pelo cego, isso nada significa.
Pois estes que não podem ir mais longe do que o velho aeon poderia permitir, são citados no Verso 14 da parte de Hadit, do Liber Al vel Legis:
“...Agora, que haja um velar deste santuário: agora, que a luz devore homens e os consuma com cegueira!...”
Aqui o máximo ícone representativo está na descrição exata do Gnugagap, o vácuo perfeito, e somente se pode contemplar as verdadeiras feições trazidas pelo Aeon de Har, sob as matizes do púrpura além do púrpura, do verso 51 da parte de Hadit do Liber Al vel Legis!
http://www.otomundi.com/ensaios.html


Irmãos da Ordem

Frater Melborne - IXº
Frater Thor - IXº
Frater GrimmWotan - IXº
Soror Prt Qasahi Iaida - IXº
Soror Arianrhod Iny 418 - IXº
Soror Fjörgyn - IIIº
O.H.O Wut - Xº

Amor é a lei, amor sob vontade.

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